quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Se quex, quex, se não quex dix



Acordei hoje (feriado) perto das 6 da manhã com uma trovoada daquelas que faz a gente pular na cama... Depois de ver se todos estavam cobertos, secar os gatos, botar comida pra cã e dar uma olhada pela casa, meu sono tinha evaporado...

Divaguei um pouco, dei uma xeretada no computador, mas a preguiça espaçosa acabou tomando conta e voltei pra cama, na cia de um livro (um dos meus programas preferidos de manhãs chuvosas indolentes).

... E foi então que a mágica começou a acontecer....

Primeiro foi a Fromage que chegou, de barriga cheia, sequinha e cheirosa para se adonar de uma parte do colchão... No rastro dela veio meu filho, olho inchado de sono, esquecido momentaneamente de botar banca pré-adolescente, se enroscando nas minhas cobertas, imitando como a "mana" se remexeu na trovoada, e brincando com a gata (que na verdade, ao menos teoricamente, é dele). Das brincadeiras com a Frô, saíram gargalhadas -chamariz certo para minha sagitariana de (quase) 8 anos. Ela já chegou rindo e de olhinhos brilhando... "eu estava escutando vocês lá do meu quarto", e lá se foi o outro lado da cama ocupado, comigo espremida (e feliz) no meio.

O último a chegar foi Nankin, óbvio. Meu gato (esse é, de fato, meu) capricorniano arisco olhou desconfiado aquela bagunça matinal e resolveu que valia a pena se arriscar. Não ficou muito, pois a essas horas a etapa carinhosa já tinha acabado, a filosófica estava pelo meio e a guerra de cosquinhas estava prestes a começar... *

Pra mim, manhãs como essa são deliciosas... Gosto de coisas simples assim.**
Apesar de também gostar muito do espaço individual que a guarda compartilhada me facilita ter, gosto de respirar afeto, de risos que desconstroem assuntos difíceis, de abraço apertado que esmaga a bochecha e  de chorar em filmes românticos com meus filhos dizendo 'ah mãe, de novo??!!'. Gosto de uma cama que fica apertada quando dois filhos e dois gatos rsolvem disputar espaço nela...

Não faço o tipo "femme fatale". Faço mais o tipo "quanto mais limpo e claro melhor". Sem jogos. Sem mistérios. Sem angústias (mas com algum frio na barriga, claaaro). Coisa mais melhor de boa do mundooooo!



*É um assunto a se pensar, não é mesmo? Os desconfiados demoram a chegar e acabam perdendo um monte de partes gostosas... É isso?
**Aliás, era essa minha maior qualidade na opinião do meu ex (ficar feliz com pequenas coisas). Os dois traços que ele considerou meus piores defeitos e que por mim, são minhas melhores qualidades, são profundidade emocional e mente inquisitiva... Não que opiniões alheias importem de fato, só ilustrando como realmente pessoas podem ser absurdamente diferentes sem que sejam catalogadas em "boas" e "más"...

Nenhum comentário:

Postar um comentário